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Doença da Membrana Hialina (DMH): entenda sobre essa doença muito comum em bebês prematuros

Dr. Rafael Galvão – Doença da Membrana Hialina (MDH).

A Doença da Membrana Hialina (DMH), também conhecida como Síndrome da Angústia Respiratória Neonatal (SARN), é uma doença que em geral ocorre em bebês prematuros, por seus pulmões não estarem ainda em total desenvolvimento. Geralmente a síndrome afeta os bebês que nascem com menos de 28 semanas, ou seja, menos de 7 meses. 

O que acontece é que os pulmões dos bebês prematuros não produzem a quantidade suficiente de uma substância chamada surfactante. O surfactante é um líquido que cobre a parte interior dos alvéolos (menores unidades do pulmão, onde ocorre a oxigenação do sangue), sendo o responsável por manter esses alvéolos abertos para permitir a passagem de ar da respiração após o nascimento.

Quais são os sintomas da doença da membrana hialina (DMH) em recém-nascidos?

Os sintomas da Doença da Angústia Respiratória geralmente iniciam-se logo após o nascimento do bebê, podendo ficar mais graves durante os dois primeiros dias de vida. Esse início de sintomas geralmente é identificado por uma respiração rápida e superficial, com grunhido, retrações na região das costelas, batimento das asas nasais e até cianose (indicação de falta de oxigênio, na qual os lábios e os dedos do bebê ficam arroxeados). Em alguns casos a criança também pode apresentar apneia, isto é, intervalo de alguns segundos sem respirar. 

É importante entender que recém-nascidos com essa deficiência aumentam a tensão superficial, o que acaba gerando instabilidade alveolar e atelectasias progressivas (colapso do tecido pulmonar com perda de volume). Tudo isso pode gerar danos a todo o organismo da criança, quando não tratado a tempo. Por exemplo: pode causar um shunt intrapulmonar (líquido no pulmão), que pode levar à hipoxemia (falta de oxigenação no sangue) e à acidose (desequilíbrio dos níveis de ácido presentes no sangue). 

Diagnóstico e tratamento

Os bebês que são diagnosticados com esse quadro pelos médicos, rapidamente são submetidos ao tratamento logo após o parto, contudo algumas vezes é necessária a realização de exames, como: raio-x, gasometria (medida do pH e as quantidades de oxigênio [O2] e dióxido de carbono [CO2] no sangue), exames de sangue, aferição de glicemia (taxa de açúcar no sangue) e ecocardiograma. Os bebês que estão em quadro muito grave, são levados para a terapia intensiva (UTI) neonatal, para então ser realizado o tratamento com maior monitorização.

O Raio-X

A radiografia tem um destaque importante no diagnóstico da Síndrome de Angústia Respiratória em recém-nascidos, pois a partir dela é possível identificar a presença de broncogramas aéreos (geralmente os brônquios não são vistos na radiografia, a visualização do ar no interior dos brônquios intrapulmonares então é uma anormalidade) e líquidos pulmonares. 

Saiba quais são os fatores de risco para a ocorrência da Síndrome da Angústia Respiratória em recém-nascidos

Não é a apenas a prematuridade o único fator de risco para o desenvolvimento da Síndrome da Angústia Respiratória em bebês. Existem outros, como: mães diabéticas, hemorragia no momento do parto, infecções e asfixia perinatal (impossibilidade do recém-nascido respirar, logo após o parto). Existem também bebês que apresentam alterações genéticas e não possuem surfactante pulmonar funcional, isso faz com que a criança desenvolva a DMH. 

Outras situações que ainda podem gerar risco de desenvolvimento desta síndrome são: histórico familiar, malformações torácicas que causam hipoplasia pulmonar (hérnia diafragmática) e cesárea eletiva.

Prevenção e acompanhamento médico da criança com um especialista em doenças respiratórias

A principal forma de prevenção da Síndrome da Angústia Respiratória em recém-nascidos (SRR), assim como outras doenças neonatais, é o acompanhamento pré-natal e a prevenção da prematuridade. Além disso, o uso de corticoides antenatais (anti-inflamatórios específicos que ajudam no desenvolvimento dos pulmões do bebê ainda dentro do útero), podem ser prescritos pelo médico da gestante, evitando assim  dificuldades respiratórias após o parto para o bebê.

Para os pais que têm bebês que passaram por um processo de terapia de DMH e já estão recuperados, é importante sempre estar checando a saúde de seus filhos, para assim evitar qualquer outra doença respiratória que possa surgir. 

Procure um médico especializado com mais de 10 anos de experiência em pneumologia infantil

Se o seu filho possui algum histórico de doenças respiratórias, o ideal é manter um constante acompanhamento com um médico pediatra, cuidando assim da saúde da criança para garantir o seu desenvolvimento saudável. 

Sou médico, pneumologista infantil, com consultórios na Barra da Tijuca e em Jacarepaguá. Possuo experiência de mais de 10 anos pelo Hospital Federal Cardoso Fontes e em pneumologia, pelo Hospital Federal dos Servidores do Estado.

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